Os escritores estarao às 16.30 espanholas na Universidade Popular de Olivença. O almoço passou a jantar num Hotel da localidade. No Sábado nao haverá atividades.
Para os escritores este é o programa:
16.30 horas- Recepción na Universidade Popular de Oliven(z)a
17.00 horas- Visita guiada
19.00 horas- Incorporaçao às atividades do programa
Escritores portugueses y extremeños debatirán en Olivenza
El próximo viernes 23 de marzo, a las 19:00 horas, tendrá lugar, en el Convento de San Juan de Dios, el primer Encuentro/Encontro Oliventino de Escritores Portugueses y Extremeños. El evento está organizado por la asociación cultural Além Guadiana y por Traz-Traz Servicios Rayanos, con la colaboración del Ayuntamiento de Olivenza.
En este encuentro, de inscripción gratuita, se darán cita una veintena de creadores literarios, en ámbitos como novela, poesía, cuento, etc., de ambos países. Tendrá lugar una mesa redonda con presentación de los autores y sus publicaciones, así como una segunda mesa, en la que se abordará la situación de la literatura a ambos lados de la frontera. Asimismo, se mostrarán testimonios de la tradición oral en portugués oliventino y de la literatura plasmada en la artesanía, mientras que el encuentro se acompañará de una zona de exposición y venta de libros, con firma de autor.
Tras esta jornada, y como actividad opcional, tendrá lugar, en el Hotel Palacio Arteaga, una Cena Literaria amenizada por el músico portugués Dio.
Esta iniciativa constituye una nueva muestra del interés de los oliventinos por valorizar sus raíces culturales portuguesas, así como también por reforzar la condición de Olivenza como lugar de encuentro de culturas, en este caso con el punto fuerte en la lengua y la literatura.
Para mayor información o inscripciones en el Encuentro o en la Cena Literaria, los interesados pueden acudir al teléfono 667764470.
Na próxima sexta-feira, 23 de março, pelas 19 horas, celebrar-se-á, no convento de São João de Deus, o primeiro Encuentro/Encontro Oliventino de Escritores Portugueses e Estremenhos. O ato está organizado pela associação cultural Além Guadiana e por Traz-Traz Serviços Raianos, com a colaboração da Câmara Municipal de Olivença.No encontro, de inscrição gratuita, reunir-se-ão cerca de vinte criadores literários, de âmbitos como o romance, a poesia, o conto, etc., de ambos os países. Haverá uma mesa redonda com a apresentação dos autores e das suas publicações, bem como uma segunda mesa, onde será abordada a situação da literatura de ambos os lados da fronteira. Além disso, serão mostrados testemunhos da tradição oral em português oliventino e da literatura modelada no artesanato, enquanto o encontro será acompanhado por uma zona de exposição e venda de livros assinados pelos autores.
Após esta jornada, e como atividade opcional, terá lugar, no Hotel Palacio Arteaga, um Jantar Literário amenizado pelo músico portugués Dio.
Esta iniciativa constitui mais uma prova do interesse dos oliventinos por valorizar a suas raízes culturais portuguesas, como também por reforçar a condição de Olivença como lugar de encontro de culturas, neste caso com o ponto forte na língua e na literatura.
Para mais informações ou para se inscrever no Encontro ou no Jantar Literário, os interessados podem ligar para o telefone ( 34)667764470.
( Nota: No caso dos escritores, o jantar é pago pela organizaçao)
https://www.facebook.com/events/365374053485921/
ESCRITORES CONFIRMADOS:
Antónia Áurea Gomes Ferreira
Hilda Bernardete
Dr. A. PASSOS COELHO
Cada escritor é um caso novo. Se relativamente ao anteriormente tratado neste Ciclo, Alberto Lopes, não descobrimos referências explícitas a Vila Real, em A. Passos Coelho elas abundam em qualquer dos seus dois livros de contos, Gente da minha terra e Histórias selvagens. Mais do que contista da ruralidade trasmontana, ele é um contista da ruralidade vila-realense, que viveu de forma plena, na infância e na juventude, em Valnogueiras, e que nos revela nos contos, uma vez por outra com um pé na vila e o pensamento na diáspora que também foi sua e longa de 30 anos.
Mas A. Passos Coelho vai surpreender-nos muito mais, já que esta vivência rural teve sempre também os olhos postos na vila das décadas de 1930 e 1940 – também ela com muito de rural –, que ele retrata como ninguém foi ou será capaz de o fazer num livro ainda inédito, Eu e a minha Vila, acabado de escrever em Outubro de 2006 e que cometemos a inconfidência de revelar através de uma “ecografia” já muito próxima do nascimento da “criança” (esperamos).
Aí se conta como vem à vila pela primeira vez por volta dos seis anos de idade, atraído pela iluminação nocturna de que via as “milhentas luzinhas” na aldeia. Descobre um mundo fascinante: as ruas empedradas, a ponte metálica, a “casinha” onde declarou a cesta de cerejas que trazia para a avó materna, o “escritório dos elefantes, da cabeça de búfalo, dos flamingos e de mais bicharada africana” na casa da mesma avó (onde a sua educação é posta verdadeiramente à prova) e o circo, que foi sempre para as crianças uma forma de descoberta do mundo exterior e uma prova de que é possível vencer as dificuldades que a vida apresenta.
Levantámos a ponta do véu. O resto se verá a seu tempo.
HUGO GIRAO
( Aguardamos confirmação)
Nasceu em 1974, em Galveias, concelho de Ponte de Sôr (Portalegre). É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Inglês e Alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. Publicou, durante vários anos, textos de poesia e prosa no suplemento DN Jovem. Foi, durante alguns anos, professor do ensino secundário, tendo dado aulas na Lousã, em Oliveira do Hospital e na Cidade da Praia, em Cabo Verde.
Vencedor do Prémio Jovens Criadores do Instituto Português da Juventude nos anos de 1998 e 2000, tinha já publicado, antes de Nenhum Olhar, vários conjuntos de poemas, nos cadernos Átis, e a ficção breve Morreste-me, dada à estampa em Maio de 2000, numa edição de autor rapidamente esgotada.
Em Outubro de 2000 publicou, na Temas e Debates, o seu primeiro romance, Nenhum Olhar, que lhe valeu de imediato um largo reconhecimento da crítica, plenamente confirmado com o facto de ter vencido, no ano seguinte o Prémio José Saramago, da Fundação Círculo de Leitores, e foi considerado finalista para a atribuição de dois dos mais importantes prémios literários desse mesmo ano: o Grande Prémio de Romance e Novela da APE e o Prémio do Pen Club.
Foram estes dois livros que, já traduzidos em quatro línguas e em negociação para várias outras, lhe garantiram o lugar que hoje ocupa como um dos jovens romancistas de maior destaque na Europa.
O livro de poesia A Criança em Ruínas, lançado em 2001 e com edições sucessivas, constituiu um novo êxito de público e de crítica.
O lançamento de Uma Casa na Escuridão (romance) e de A Casa, a Escuridão (poemas), feito em simultâneo em Outubro de 2002, é outro marco importante no percurso do autor, pela originalidade de uma ficção e de um livro de poemas que remetem para um mesmo e fortíssimo universo ficcional.
Tendo representado Portugal em diversos eventos literários internacionais (Paris, Madrid, Frankfurt, Zagreb, entre outros), foi em 2002 o primeiro autor português convidado para a residência de escritores na Ledig House, em Nova Iorque.
É colaborador regular de vários jornais e revistas como o DNA (Diário de Notícias), e o Jornal de Letras.
(Ainda não confirmado)
MAIS ESCRITORES EXTREMENHOS QUE VAO MARCAR PRESENÇA
Marino González Montero
BEM VINDOS A OLIVEN(Z)A
ESCRITORES CONFIRMADOS:
Antónia Áurea Gomes Ferreira
LUIS CARLOS MENDES
ALBERTO SILVA
Hilda Bernardete
Dr. A. PASSOS COELHO
António Passos Coelho nasceu em Valnogueiras, concelho de Vila Real, em 31 de Maio de 1926, filho de Paulino José Alves Coelho e Dona Margarida do Carmo Teixeira Passos. O pai era lavrador, podendo considerar-se abastado pelos padrões da época e do lugar. A mãe era professora primária.O casal teve dez filhos, sendo António o penúltimo. Esta prole numerosa condicionou de algum modo a escolaridade de António, que, após concluir a instrução primária em Valnogueiras, não pode vir estudar para Vila Real, como era seu desejo, uma vez que alguns dos seus irmãos andavam então nos estudos e os rendimentos paternos não podiam suportar mais aquela despesa. Mesmo assim, tendo a forte aspiração de vir a ser médico, estudou em regime doméstico, apresentando-se na altura própria a exame do 3.º e depois do 6.º ano. Finalmente pôde inscrever-se no 7.º ano, no Liceu de Vila Real, que concluiu em 1945.
Terminado o ensino secundário, A. Passos Coelho matriculou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde se formou em 1953, não sem ter perdido dois anos, por motivo de saúde. Mais exactamente, uma tuberculose que se declarou logo no 1.º ano do curso e acabou por o obrigar à interrupção no 4.º ano. Esteve então internado no Caramulo – experiência que retrata com pormenor e crueza no seu romance Caramulo.
Em 1954 é convidado para estagiário do corpo clínico da Estância Sanatorial do Caramulo. Prossegue entretanto os seus estudos de especialização, após os quais obtém, em 1960, em provas públicas, o título de especialista em Pneumotisiologia da Ordem dos Médicos. Permanece ligado àquela estância, passando a exercer, ainda em 1960, as funções de director clínico do Sanatório Sameiro e, quatro anos mais tarde, cumulativamente, as mesmas funções no Sanatório Pedras Soltas. Em 1970, a seu pedido, abandonou a Estância Sanatorial do Caramulo.
Em Abril de 1970 encontramo-lo em Angola, onde é encarregado de organizar a luta antituberculosa no distrito do Bié, lugar que desempenha até Maio de 1973, altura em que é nomeado director do Hospital-Sanatório de Luanda. Ainda em Angola, exerce funções de Chefe de Serviço de Combate à Tuberculose e responsável pelo Curso de Tisiologia da Faculdade de Medicina de Luanda.
Após o seu regresso a Portugal, em Novembro de 1975, desenvolveu sempre a sua actividade clínica em Vila Real.
Foi durante a sua permanência profissional no Caramulo que conheceu a enfermeira Dona Maria Rodrigues Santos Mamede, natural de Santana da Serra (Ourique, Baixo Alentejo), com quem casou em 1955 e de quem teve quatro filhos.
O seu currículo médico foi sendo sucessivamente enriquecido com novos estudos, a publicação de trabalhos sobre pneumologia e o exercício de funções directivas, de que se destaca a direcção do Hospital-Sanatório de Luanda e a chefia do Serviço de Combate à Tuberculose de Angola.
No âmbito da actividade clínica, no distrito de Vila Real, desempenhou as seguintes funções (entre parênteses o ano da nomeação para o cargo): coordenador distrital do Serviço de Luta Antituberculosa – SLAT (1976); membro da Comissão Instaladora da Administração Distrital do Serviço de Saúde (1977); presidente da Assembleia Distrital da Ordem dos Médicos (1978); vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Patologia Respiratória (1980); presidente da Comissão Instaladora do Hospital Distrital de Vila Real e director clínico do mesmo (1991).
A carreira de médico e todas estas ocupações paralelas absorveram-no de forma quase total, pouca disponibilidade lhe concedendo para outras actividades. Mesmo assim, pôde encontrar tempo para a actividade política e para a escrita. No plano político, exerceu funções de Presidente da Assembleia Municipal de Vila Real. No plano literário, além de colaboração episódica e dispersa em algumas revistas, conferências e comunicações, publicou dois livros de contos, um livro de poesia e um romance (a que prefere chamar, não sem razão, crónica romanceada, pois o livro comunga dos dois géneros).
Os livros de contos, Gente da minha terra e Histórias selvagens, saíram em primeira edição em 1960 e 1963, respectivamente. De ambos se fez uma 2.ª edição em 2002. O livro de poesia, intitulado Material humano, saiu em 1997. O romance, Caramulo, em 2006.
A grande vocação de A. Passos Coelho é a de contista. Os seus contos – alguns de extensão considerável – retratam com realismo o meio rural vila-realense e a fauna humana que ali vive os seus dramas e as suas ambições. João Gaspar Simões disse numa recensão publicada no Diário de Notícias: “Não temos dúvidas em considerar o seu livro [Gente da minha terra] entre os melhores do género ultimamente aparecidos.” E, sobre o mesmo livro, escreveu Amândio César: “Trata-se de um volume de estreia, mas isso nada influi para a real categoria do escritor que aqui me aparece pela primeira vez”, para depois lhe apontar “um estilo forte, sadio, másculo”.
Sobre Caramulo, que reúne, como apontámos acima, características de crónica e de romance, escreve António Cabral: “É a relação com Marta e com os amigos do Grande Sanatório que transforma sobretudo a crónica num óptimo romance; é aí que ele começa a ganhar altura verdadeiramente literária, qualidade sem dúvida bem suportada pelo que no longo texto é apenas crónica.”
O livro Histórias selvagens serviu de argumento para um filme de António Campos.
Terminado o ensino secundário, A. Passos Coelho matriculou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde se formou em 1953, não sem ter perdido dois anos, por motivo de saúde. Mais exactamente, uma tuberculose que se declarou logo no 1.º ano do curso e acabou por o obrigar à interrupção no 4.º ano. Esteve então internado no Caramulo – experiência que retrata com pormenor e crueza no seu romance Caramulo.
Em 1954 é convidado para estagiário do corpo clínico da Estância Sanatorial do Caramulo. Prossegue entretanto os seus estudos de especialização, após os quais obtém, em 1960, em provas públicas, o título de especialista em Pneumotisiologia da Ordem dos Médicos. Permanece ligado àquela estância, passando a exercer, ainda em 1960, as funções de director clínico do Sanatório Sameiro e, quatro anos mais tarde, cumulativamente, as mesmas funções no Sanatório Pedras Soltas. Em 1970, a seu pedido, abandonou a Estância Sanatorial do Caramulo.
Em Abril de 1970 encontramo-lo em Angola, onde é encarregado de organizar a luta antituberculosa no distrito do Bié, lugar que desempenha até Maio de 1973, altura em que é nomeado director do Hospital-Sanatório de Luanda. Ainda em Angola, exerce funções de Chefe de Serviço de Combate à Tuberculose e responsável pelo Curso de Tisiologia da Faculdade de Medicina de Luanda.
Após o seu regresso a Portugal, em Novembro de 1975, desenvolveu sempre a sua actividade clínica em Vila Real.
Foi durante a sua permanência profissional no Caramulo que conheceu a enfermeira Dona Maria Rodrigues Santos Mamede, natural de Santana da Serra (Ourique, Baixo Alentejo), com quem casou em 1955 e de quem teve quatro filhos.
O seu currículo médico foi sendo sucessivamente enriquecido com novos estudos, a publicação de trabalhos sobre pneumologia e o exercício de funções directivas, de que se destaca a direcção do Hospital-Sanatório de Luanda e a chefia do Serviço de Combate à Tuberculose de Angola.
No âmbito da actividade clínica, no distrito de Vila Real, desempenhou as seguintes funções (entre parênteses o ano da nomeação para o cargo): coordenador distrital do Serviço de Luta Antituberculosa – SLAT (1976); membro da Comissão Instaladora da Administração Distrital do Serviço de Saúde (1977); presidente da Assembleia Distrital da Ordem dos Médicos (1978); vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Patologia Respiratória (1980); presidente da Comissão Instaladora do Hospital Distrital de Vila Real e director clínico do mesmo (1991).
A carreira de médico e todas estas ocupações paralelas absorveram-no de forma quase total, pouca disponibilidade lhe concedendo para outras actividades. Mesmo assim, pôde encontrar tempo para a actividade política e para a escrita. No plano político, exerceu funções de Presidente da Assembleia Municipal de Vila Real. No plano literário, além de colaboração episódica e dispersa em algumas revistas, conferências e comunicações, publicou dois livros de contos, um livro de poesia e um romance (a que prefere chamar, não sem razão, crónica romanceada, pois o livro comunga dos dois géneros).
Os livros de contos, Gente da minha terra e Histórias selvagens, saíram em primeira edição em 1960 e 1963, respectivamente. De ambos se fez uma 2.ª edição em 2002. O livro de poesia, intitulado Material humano, saiu em 1997. O romance, Caramulo, em 2006.
A grande vocação de A. Passos Coelho é a de contista. Os seus contos – alguns de extensão considerável – retratam com realismo o meio rural vila-realense e a fauna humana que ali vive os seus dramas e as suas ambições. João Gaspar Simões disse numa recensão publicada no Diário de Notícias: “Não temos dúvidas em considerar o seu livro [Gente da minha terra] entre os melhores do género ultimamente aparecidos.” E, sobre o mesmo livro, escreveu Amândio César: “Trata-se de um volume de estreia, mas isso nada influi para a real categoria do escritor que aqui me aparece pela primeira vez”, para depois lhe apontar “um estilo forte, sadio, másculo”.
Sobre Caramulo, que reúne, como apontámos acima, características de crónica e de romance, escreve António Cabral: “É a relação com Marta e com os amigos do Grande Sanatório que transforma sobretudo a crónica num óptimo romance; é aí que ele começa a ganhar altura verdadeiramente literária, qualidade sem dúvida bem suportada pelo que no longo texto é apenas crónica.”
O livro Histórias selvagens serviu de argumento para um filme de António Campos.
* * *
Cada escritor é um caso novo. Se relativamente ao anteriormente tratado neste Ciclo, Alberto Lopes, não descobrimos referências explícitas a Vila Real, em A. Passos Coelho elas abundam em qualquer dos seus dois livros de contos, Gente da minha terra e Histórias selvagens. Mais do que contista da ruralidade trasmontana, ele é um contista da ruralidade vila-realense, que viveu de forma plena, na infância e na juventude, em Valnogueiras, e que nos revela nos contos, uma vez por outra com um pé na vila e o pensamento na diáspora que também foi sua e longa de 30 anos.
Mas A. Passos Coelho vai surpreender-nos muito mais, já que esta vivência rural teve sempre também os olhos postos na vila das décadas de 1930 e 1940 – também ela com muito de rural –, que ele retrata como ninguém foi ou será capaz de o fazer num livro ainda inédito, Eu e a minha Vila, acabado de escrever em Outubro de 2006 e que cometemos a inconfidência de revelar através de uma “ecografia” já muito próxima do nascimento da “criança” (esperamos).
Aí se conta como vem à vila pela primeira vez por volta dos seis anos de idade, atraído pela iluminação nocturna de que via as “milhentas luzinhas” na aldeia. Descobre um mundo fascinante: as ruas empedradas, a ponte metálica, a “casinha” onde declarou a cesta de cerejas que trazia para a avó materna, o “escritório dos elefantes, da cabeça de búfalo, dos flamingos e de mais bicharada africana” na casa da mesma avó (onde a sua educação é posta verdadeiramente à prova) e o circo, que foi sempre para as crianças uma forma de descoberta do mundo exterior e uma prova de que é possível vencer as dificuldades que a vida apresenta.
Levantámos a ponta do véu. O resto se verá a seu tempo.
Paulo Alexandre e Castro
ARAGONEZ MARQUES
JUAN ANTÓNIO MENDEZ DEL SOTO
LUISA ANTÓN PRADO
ALICE RUIVO
ARTESÃ JOANA LEAL
RUI CARDOSO MARTINS
Rui Cardoso Martins nasceu em 1967, em Portalegre, e tirou o Curso Superior de Comunicação Social da Universidade Nova de Lisboa.
É jornalista fundador do Público, onde mantém a crónica “Levante-se o Réu” (Pública), das mais antigas da imprensa portuguesa, com dois prémios Gazeta de Jornalismo. Como repórter cobriu, entre outros acontecimentos, o cerco de Sarajevo e Mostar, na Guerra da Bósnia, e as primeiras eleições livres na África do Sul.
Argumentista fundador e sócio das Produções Fictícias, é co-criador do programa satírico Contra-Informação, que escreve desde o primeiro episódio.
Foi co-autor de Herman Enciclopédia, escreveu para Conversa da Treta (rádio, televisão e teatro) e para o jornal Inimigo Público.
Co-autor da série dramática Sociedade Anónima, da RTP.
No cinema, é autor do argumento e guião originais da longa-metragem Zona J.
JOSÉ LUIS PEIXOTO
Nasceu em 1974, em Galveias, concelho de Ponte de Sôr (Portalegre). É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Inglês e Alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. Publicou, durante vários anos, textos de poesia e prosa no suplemento DN Jovem. Foi, durante alguns anos, professor do ensino secundário, tendo dado aulas na Lousã, em Oliveira do Hospital e na Cidade da Praia, em Cabo Verde.
Vencedor do Prémio Jovens Criadores do Instituto Português da Juventude nos anos de 1998 e 2000, tinha já publicado, antes de Nenhum Olhar, vários conjuntos de poemas, nos cadernos Átis, e a ficção breve Morreste-me, dada à estampa em Maio de 2000, numa edição de autor rapidamente esgotada.
Em Outubro de 2000 publicou, na Temas e Debates, o seu primeiro romance, Nenhum Olhar, que lhe valeu de imediato um largo reconhecimento da crítica, plenamente confirmado com o facto de ter vencido, no ano seguinte o Prémio José Saramago, da Fundação Círculo de Leitores, e foi considerado finalista para a atribuição de dois dos mais importantes prémios literários desse mesmo ano: o Grande Prémio de Romance e Novela da APE e o Prémio do Pen Club.
Foram estes dois livros que, já traduzidos em quatro línguas e em negociação para várias outras, lhe garantiram o lugar que hoje ocupa como um dos jovens romancistas de maior destaque na Europa.
O livro de poesia A Criança em Ruínas, lançado em 2001 e com edições sucessivas, constituiu um novo êxito de público e de crítica.
O lançamento de Uma Casa na Escuridão (romance) e de A Casa, a Escuridão (poemas), feito em simultâneo em Outubro de 2002, é outro marco importante no percurso do autor, pela originalidade de uma ficção e de um livro de poemas que remetem para um mesmo e fortíssimo universo ficcional.
Tendo representado Portugal em diversos eventos literários internacionais (Paris, Madrid, Frankfurt, Zagreb, entre outros), foi em 2002 o primeiro autor português convidado para a residência de escritores na Ledig House, em Nova Iorque.
É colaborador regular de vários jornais e revistas como o DNA (Diário de Notícias), e o Jornal de Letras.
(Ainda não confirmado)
MAIS ESCRITORES EXTREMENHOS QUE VAO MARCAR PRESENÇA
Marino González Montero
VITORIA PELAYO
JOSÉ CERCAS
JANTAR COM MÚSICA PORTUGUESA
MÚSICO
QUE DIA 23 de MARÇO, SEJA UMA FESTA PARA TODOS OS PARTICIPANTES, E UM SINAL DE QUE ESTES DOIS POVOS TEM MAIS A UNIR_LOS QUE A SEPARÁ-LOS.
ESTA INICIATIVA, QUE CONTA COM O APOIO DO EXMº AYUNTAMIENTO DE OLIVENZA É ORGANIZADA PELA ASSOCIAÇÃO ALÉM-GUADIANA E TRAZTRAZ SERVIÇOS RAIANOS
ORGANIZA
COLABORA
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