quinta-feira, 15 de setembro de 2011

FERNANDO ASSIS PACHECO

NOTA:
Os preços apresentados, são  MAIS BAIXOS NORMALMENTE DO QUE O EXPOSTO, na medida em que pretendemos que mesmo que haja aumentos, possamos manter os preços anualmente, pelo que não deve admirar-se do livro que nos comprou lhe chegar com um custo menor
GARANTIMOS É QUE NUNCA SERÁ SUPERIOR AO INDICADO.

Fernando Santiago Mendes de Assis Pacheco

(Coimbra, 1 de fevereiro de 1937 — Lisboa, 30 de novembro de 1995) foi um jornalista, crítico , tradutor e escritor português.
Licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, viveu nesta cidade até iniciar o serviço militar, em 1961. Filho de pai médico e de mãe doméstica, era seu avô materno galego (e casado com uma lavradeira da Bairrada) e seu avô paterno roceiro em São Tomé.
Enquanto jovem, foi actor de teatro (TEUC e CITAC) e redactor da revista Vértice, o que lhe permitiu privar de perto com o poeta neo-realista Joaquim Namorado e com poetas da sua geração, como Manuel Alegre e José Carlos de Vasconcelos.
Cumpriu parte do serviço militar em Portugal entre 1961 e 1963, tendo seguido como expedicionário para Angola, onde esteve até 1965. Inicialmente integrado num batalhão de cavalaria, viria a ser reciclado nos serviços auxiliares e colocado no Quartel-General da Região Militar de Angola.
Publicou a primeira obra em Coimbra, com o patrocínio paterno, não obstante se encontrar, na altura, em África. Cuidar dos Vivos é o título do livro de estreia - poemas de protesto político e cívico, com afloramento dos temas da morte e do amor. Em apêndice, dois poemas sobre a guerra em Angola, que terão sido dos primeiros publicados sobre este conflito. O tema da guerra em África voltaria a impor-se em Câu Kiên: Um Resumo (1972), ainda que sob "camuflagem vietnamita", livro que em 1976 conheceria a sua versão definitiva: Katalabanza, Kilolo e Volta.
Memória do Contencioso (1980) reúne "folhetos" publicados entre 1972 e 1980, e Variações em Sousa (1987) constitui um regresso aos temas da infância e da adolescência, com Coimbra como cenário, e refinando uma veia jocosa e satírica já visível nos poemas inaugurais. A novela Walt (1978) comprova-o exuberantemente. Era notável em Assis Pacheco a sua larga cultura galega, aliás sobejamente explanada em alguns dos seus textos jornalísticos e no seu livro Trabalhos e Paixões de Benito Prada. Em A Musa Irregular (1991) reuniu toda a sua produção poética.
Nunca conheceu outra profissão que não fosse o jornalismo: deixou a sua marca de grande repórter no Diário de Lisboa, na República, no JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, no Musicalíssimo e no Se7e, onde foi director-adjunto. Foi também redactor e chefe de Redacção de O Jornal, semanário onde durante dez anos exerceu crítica literária, e colaborador da RTP.
Traduziu para português obras de Pablo Neruda e Gabriel García Márquez.
[editar]Principais obras

Cuidar dos Vivos (poesia), 1963
Câu Kiên: Um Resumo (poesia), 1972 (republicado em 1976 com o título Katalabanza, Kilolo e Volta)
Walt (novela), 1978
Memórias do Contencioso e Outros Poemas (poesia), 1980
A Musa Irregular (antologia poética), 1991
Trabalhos e Paixões de Benito Prada (romance), 1993
Retratos Falados (colectânea de entrevistas), 2001
Respiração Assistida (poesia), 2003
Memórias de um Craque (crónicas), 2005


P.V.P.Espanha: 13,20 €

Sinopse
Não há maus assuntos, às vezes há é maus jornalistas - esta consigna podia aplicar-se, por inteiro, a Fernando Assis Pacheco (193?-95). Repórter sem par na sua geração, ele escrevia como ninguém, sempre capaz de transformar o nada em ouro. São disso um exemplo flagrante estas Memórias de Um Craque, segundo título das Obras de Assis em publicação pela Assírio & Alvim.
Prefaciado pelo organizador, com posfácio de Manuel António Pina, Memórias de Um Craque reúne 30 crónicas, escritas em 1972 para o Record e nunca depois saídas em livro. Em boa hora o foram agora, porque são uma maravilha. O craque é o prórpio Assis, e a matéria evocada é a do futebol, melhor dizendo a do futebol que o puto que Assis foi praticou na rua, algures na cidade de Coimbra, a da sua infância.
E aqui torna-se difícil separar o Assis jornalista do Assis escritor. Ele escrevia para um jornal, mas, sentindo-se à rédea solta, a sua escrita ganhou asas até atingir um pícaro sem paralelo entre nós. Indiscritível pela graça, a auto-ironia, o domínio pleno da língua e das suas expressões mais populares, nestas crónicas reabilitadas com cartas de nobreza. Uma pequena grande obra, da qual o jornalista não está de todo arredado, porque estas Memórias possuem igualmente o cunho de repórter, capazes como são de reconstituir tanto um cenário dos tempos idos, quanto o espírito de uma época. Assis, no seu melhor.
Memórias de Um Craque de Fernando Assis Pacheco

Excerto
Sabe-se que o futebol teve lugar de relevo no trabalho de jornalista de Fernando Assis Pacheco: reportagens, comentários, colunas regulares, entrevistas… e estas «Memórias de Um Craque», decerto o mais característico do largo conjunto. Na verdade, valerá menos como pequeno livro sobre futebol do que enquanto testemunho da importância do futebol na infância: fragmento de autobiografia cruzado com narrativa de episódios infanto-juvenis na Coimbra dos anos 40. Como testemunho autobiográfico, é precioso a vários títulos, e não será o menor deles aquele respeitante à própria constituição literária de Fernando Assis Pacheco, que em certos aspectos permaneceu fiel ao pequeno «craque» aqui retratado em clave auto-irónica.
A primeira, e até agora única, publicação das «Memórias de Um Craque» fez-se em folhetim no «Record», aos sábados, trinta capítulos sem qualquer interrupção entre 22 de Abril e 25 de Novembro de 1972. É esse texto que aqui se reproduz […]
(Abel Barros Baptista, Nota do Organizador)

Sabe-se que o futebol teve lugar de relevo no trabalho de jornalista de Fernando Assis Pacheco: reportagens, comentários, colunas regulares, entrevistas… e estas «Memórias de Um Craque», decerto o mais característico do largo conjunto. Na verdade, valerá menos como pequeno livro sobre futebol do que enquanto testemunho da importância do futebol na infância: fragmento de autobiografia cruzado com narrativa de episódios infanto-juvenis na Coimbra dos anos 40. Como testemunho autobiográfico, é precioso a vários títulos, e não será o menor deles aquele respeitante à própria constituição literária de Fernando Assis Pacheco, que em certos aspectos permaneceu fiel ao pequeno «craque» aqui retratado em clave auto-irónica.
A primeira, e até agora única, publicação das «Memórias de Um Craque» fez-se em folhetim no «Record», aos sábados, trinta capítulos sem qualquer interrupção entre 22 de Abril e 25 de Novembro de 1972. É esse texto que aqui se reproduz […]
(Abel Barros Baptista, Nota do Organizador)


Críticas de imprensa
"Livrinho-Bíblia do verdadeiro gostar e sentir futebol. Futebol como dantes, como nos tempos do Bentes e demais craques dos futebóis dos idos de cinquenta e sessenta, futebol de suor e chorar, de correr e «vestir camisolas por amor aos clubes» (...) a prosa de Assis Pacheco é um inventário brilhante de uma linguagem duplamente literata e corriqueira, onde a poética e a inteligência da escrita se casa na perfeição com o jargão e com um registo prosaico de calão e humor sublimes e deliciosos."
RCS, Magazine Artes, Junho 2005

Dimensões: 145 x 206 x 9 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 110



Fernando Assis Pacheco
Nascimento 1 de Fevereiro de 1937
Coimbra
Morte 30 de Novembro de 1995 (58 anos)
Lisboa
Nacionalidade portuguesa
Ocupação Poeta, escritor, jornalista
Principais trabalhos Cuidar dos Vivos; Walt; A Musa Irregular; Trabalhos e Paixões de Benito Prada; Retratos Falados


P.V.P.Espanha: 13,20 €

Dimensões: 145 x 205 x 8 mm
Encadernação: Capa mole


As suas raízes sentiam-se na cidade que o viu nascer. Coimbra.



P.V.P.Espanha: 17,60 €

Sinopse

A primeira edição de A Musa Irregular apareceu em Lisboa, com a chancela da Hiena Editora, em Fevereiro de 1991. Teria segunda edição em 1996 e terceira em 1997, ambas nas Edições Asa. A presente segue naturalmente a primeira, efectuando as correcções que o próprio Fernando Assis Pacheco deixou manuscritas

Dimensões: 145 x 205 x 16 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 248


Bibliografia

Walt ou o Frio e o Quente
2007 Assírio & Alvim

A Musa Irregular
2006 Assírio & Alvim

Memórias de Um Craque
2005 Assírio & Alvim

Variações em Sousa
2004 Diversos

Respiração Assistida
2003 Assírio & Alvim

Trabalhos e Paixões de Benito Prada
2002 Edições Asa

Retratos Falados
2001 Edições Asa

Walt
1998 Edições Asa

Trabalhos e Paixões de Benito Prada
1997 Edições Asa

A Musa Irregular
1996 Edições Asa

Traballos E Paixons De Benito Prada : Galego Da Provincia De Ourense Qveu A Portugal Gañar A Vida
1995 IR INDO


P.V.P.Espanha: 13,20 €

Excerto
"Este livro é uma prosa acerca dos malefícios da guerra entendidos no tempo do inefável Marcial Caneta, quando se falava do Vietname «por coisas da causa». «Causa» que ninguém desposava; «coisas» que ficaram, alarves, para a gente conhecer enfim como puderam ser, e porquê. Não tenho por isso nenhum remorso de estilo. Eu queria apenas dizer «Gare Marítima de Alcântara, Lisboa», num ano qualquer entre 1961 e 1974. Meto na prosa soldados, civis, incivis, chulos e putas, eu próprio estou lá, disfarçado de narrador-alferes, choro à bruta, gozo como um cabinda, narro, minto, finto o leitor, apetecia-me mandar o país Portugal ao tota, mas em segunda leitura sou um tipo basto moral e paro a meio palmo do traço proibido — ternuras! Quem grita no salto para o desconhecido é o meu preclaro comandado Frank Camiões. O coração em brasa pelos indefesos, xandras incluídas, vem do tempo em que eu aprendia jornalismo.
Atenção à Brenda, esse pedaço de coxa! E ao Joe Louis, afilhado inevitável! Bebi em todas as barras de zinco de Lisboa até encostá-los ao peito. Literatura-literatura, bah. Noutra altura talvez. Viva o Português de quatrocentas calhoadas ao minuto, que é por onde respiro!"

Dimensões: 205 x 146 x 8 mm
Encadernação: Capa mole




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OBRIGADO.

NOTA:
Fernando, temos saudades tuas.

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