sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

MANUEL ALEGRE


MANUEL ALEGRE
Manuel Alegre

O poeta Manuel Alegre foi galardoado, juntamente com o fotógrafo José Manuel Rodrigues, com o Prémio Pessoa 1999, no valor de 8500 contos, uma iniciativa do jornal "Expresso" e da Unisys. É a primeira vez que este prémio, que pretende «reconhecer uma pessoa de nacionalidade portuguesa com uma intervenção particularmente relevante e inovadora na vida artística, literária e científica do país», é atribuído ex-aequo. Pinto Balsemão, em representação do júri, justificou a escolha do nome de Manuel Alegre, que recentemente viu reunida a sua obra poética no volume "Trinta Anos de Poesia" (Publ. D. Quixote), por «ser uma referência da poesia portuguesa deste século» e representar « a visão de um Portugal aberto ao mundo e um humanismo universalista atento a tudo o que nos rodeia».
Manuel Alegre, que ainda há poucos meses havia sido consagrado com o Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, pelo conjunto da sua obra, a propósito da publicação, no ano passado, do livro "Senhora das Tempestades", nasceu em Águeda em 1936 e estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde participou activamente nas lutas académicas. Quando cumpria o serviço militar em Angola, participou na primeira tentativa de rebelião contra a guerra colonial, sendo então preso pela PIDE. Seguiu-se o exílio em Argel, onde foi membro directivo da F.P.L.N. e locutor da rádio Voz da Liberdade. A sua actividade política andou sempre a par da actividade literária e alguns dos seus poemas ("Trova do Vento que Passa", "Nambuangongo Meu Amor", "Canção com Lágrimas e Sol"...) transformaram-se em hinos geracionais e de combate ao fascismo, copiados e distribuídos de mão em mão, cantados por Adriano Correia de Oliveira ou Manuel Freire. Os seus dois primeiros livros, "Praça da Canção" (1965) e "O Canto e as Armas" (1967) já venderam mais de cem mil exemplares. Comentando o prémio, em entrevista ao "Diário de Notícias", o escritor afirmava: « Devo tudo aos meus leitores. É, sobretudo, uma vitória deles. Porque foram os leitores que, ao longo da minha vida literária, estiveram sempre perto de mim e me ajudaram a vencer várias censuras (política e estética). Expresso-lhes a minha gratidão.»
Regressado do exílio em 1974, "o poeta da liberdade" tem vindo a desempenhar um papel de relevo no Partido Socialista. Foi membro do Governo, é deputado da Assembleia da República e ocupa um lugar no Conselho de Estado, funcionando muitas vezes como uma espécie de consciência crítica do seu partido. Os livros mais recentes (note-se ainda a incursão pela prosa: "Jornada de África", 1989, "Alma", 1995, e " "A Terceira Rosa", 1998) levam-no ao diálogo com poetas de outros tempos, como Dante ou Camões, ou a reflectir sobre a condição humana, a morte e o sentido da existência, de que são exemplo os "Poemas do Pescador", que se enfrenta com o enigma da sua vida, incluídos no livro "Senhora das Tempestades", «Senhora dos cabelos de alga onde se escondem as divindades / (...) Senhora do Sol do sul com que me cegas / / (...) Senhora da vida que passa e do sentido trágico // (...) Senhora do poema e da oculta fórmula da escrita / alquimia de sons Senhora do vento norte / que trazes a palavra nunca dita / Senhora da minha vida Senhora da minha morte.»


PVPEspanha: 9,37 € 
Sinopse
32 poemas de Manuel Alegre inspirados na paisagem, história e gentes do Alentejo. Um belíssimo livro e um excelente trabalho gráfico. Poema Também Sou Alentejano / a José Manuel Mendes / Fernando Pessoa não gostava de sobreiros / Não sei se saberia do milhafre e do arrepio / circular do seu grito. / Mas percebia com certeza do interdito / da passagem / do rio. / Talvez soubesse do raiano / do mágico logaritmo de outra margem / e de um azul secreto dentro do azul. / Mas ele era só Baixa só urbano. / Sentia na cabeça e na palavra. / Eu gosto dos caminhos para o sul / onde passa o cigano e a rola brava. / E também sou alentejano.
Alentejo e Ninguém de Manuel Alegre


 PVPEspanha: 12,60

Sinopse

É um épagneul-breton a personagem principal do novo livro de Manuel Alegre. Com "manchas castanhas e uma espécie de estrela branca no meio da cabeça". Cão... como nós. Como nós, porque sabe da amizade (o cão é o melhor amigo do homem), da solidariedade, protege a criança, consola o dono, pressente a desgraça, 'chora' a morte. Mas também é altivo e irrequieto. Às vezes desobediente e exibicionista. Chama-se Kurika, e acompanhou o escritor e a sua família ao longo de anos. Aliás, ele 'é' parte da família, diz Manuel Alegre. Um livro alegre e comovente. 



"...sendo sobre um cão, o livro é sobre os homens. Certos homens com um certo tipo de valores só aparentemente contraditórios: a liberdade e a fidelidade, a solidariedade, a independência, a altivez.



"Na prosa desta pessoalíssima novela em forma de pequenas reflexões, Alegre consegue um equilíbrio perfeito entre um registo poético e humorístico. (...) Uma obra para ser lida por quem sabe de experiência própria. E porventura também pelos outros, já que não raras vezes... este cão fala por nós." 


PVPEspanha: 12,10 €
Sinopse
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado no programa de português do 7º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula - Grau de Dificuldade II.

Na poesia de Manuel Alegre — e não apenas naquela que obviamente imprimiu aos seus poemas a sua aura inicial — existe uma consciência profunda do tempo trágico que a título pessoal ou colectivo lhe foi dado viver (...) Porventura o mais dilacerado canto a um país impossível, a um destino colectivamente frustrado e idealmente exemplar, num momento em que o sentido da sua aventura vacila e se perfila diante de muitos portugueses como nebuloso ou mesmo inviável.
Doze Naus de Manuel Alegre




PVPEspanha: 17,14 €
Sinopse
Andará de casa em casa, de hotel em hotel, mudará o nome, mudará o rosto, deixará crescer o bigode, usará óculos sem lentes, um passaporte para os hotéis, outro para viajar, em cada novo documento um nome e uma profissão diferente, está clandestino dentro de si mesmo, perdeu os sítios, as referências, a identidade.
É ele e já não é, não usa o nome próprio, tem quatro ou cinco pseudónimos que são um ou outros, heterónimos do desaparecido que traz dentro de si, ora é francês, ora espanhol, ora argelino, ele é sozinho, não propriamente, como queria o outro, uma literatura, mas uma nova brigada internacional.
Rafael de Manuel Alegre


PVPEspanha: 13,75 €

Sinopse
«Entretanto o miúdo cresceu, quer seja o que pregava pregos muito direitos numa tábua, quer o que engoliu os comprimidos do avô, quer o que se rebelou contra a humilhação das mangas curtas, quer os outros todos ou eu próprio, que não sei se fui cada um deles menos um, este que conta e tem tendência ora a efabular ora a querer ser tão verdadeiro que põe em dúvida o que de facto foi e até de si mesmo suspeita. Seja ele quem for, o certo é que o miúdo cresceu. E agora está aqui (mas ainda será ele?) a ver se consegue escrever um livro, sem saber o quê nem como. Pois que outro livro pode escrever-se? Vida de tantas vidas na tão curta vida.»

O Miúdo Que Pregava Pregos Numa Tábua de Manuel Alegre




PVPEspanha: 11,66 €


PVPEspanha: 11 €
Sinopse



Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado no programa de português do 9º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula - Grau de Dificuldade II.

Manuel Alegre (Prémio Pessoa 99) surge com um novo livro de poemas, "Livro do Português Errante", um livro feito de errâncias e evocações, interiores e exteriores, pela vida ("Querida Sophia: como os índios do seu poema / também eu procurei o país sem mal. / Em dez anos de exílio o imaginei"), pela poesia ("Por um caminho à noite caminhava / caminhava de noite sem sentido / pela própria cadência era levado / caminhava movido por um ritmo/ a música interior que mais ninguém/ ouvia."), um livro de interrogações ("Não sei como se ressuscita / no terceiro dia/de cada sílaba/ nem se há palavra para voltar/ do grande rio do / esquecimento./ Não se no terceiro dia/ alguém me espera. Ou se/ ninguém."), de inconformismo.

«O tecido da arte poética de Manuel Alegre é como um rio que bate nas rochas e segue, sem desvios, ao encontro da terra prometida; à procura do homem libertador. Quando tudo parece já dito, Manuel Alegre ousa o "indescoberto" forjado no sonho, na insubmissão e na coragem da palavra-carne, da palavra-alma, da palavra-voz, da palavra-amor. E nasce "(...) Um livro. Sempre. /Um livro que se escreve e não se escreve/ou se reescreve junto /ao mesmo mar." Nasceu "Livro do Português Errante" (...)

«A lírica de Manuel Alegre com um registo de sempre: o inconformismo e a luta por ideais que dignifiquem o ser. Uma poesia intensa no ritmo e na musicalidade. Uma arte poética fermentada na interioridade dos sentidos, em "movimento perpétuo" de partilha. Poesia errante e poesia amante. Poesia acordada pela dor de muitas feridas; poesia de muitos encantos e desassossegos. Poesia que sangra, porque se ama e se dá, solidária.»
Maria Augusta Silva, Diário de Notícias


PEDIDOS:
 


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