Fernando Santiago Mendes de Assis Pacheco
(Coimbra, 1 de fevereiro de 1937 — Lisboa, 30 de novembro de 1995) foi um jornalista, crítico , tradutor e escritor português.
Licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, viveu nesta cidade até iniciar o serviço militar, em 1961. Filho de pai médico e de mãe doméstica, era seu avô materno galego (e casado com uma lavradeira da Bairrada) e seu avô paterno roceiro em São Tomé.
Enquanto jovem, foi actor de teatro (TEUC e CITAC) e redactor da revista Vértice, o que lhe permitiu privar de perto com o poeta neo-realista Joaquim Namorado e com poetas da sua geração, como Manuel Alegre e José Carlos de Vasconcelos.
Cumpriu parte do serviço militar em Portugal entre 1961 e 1963, tendo seguido como expedicionário para Angola, onde esteve até 1965. Inicialmente integrado num batalhão de cavalaria, viria a ser reciclado nos serviços auxiliares e colocado no Quartel-General da Região Militar de Angola.
Publicou a primeira obra em Coimbra, com o patrocínio paterno, não obstante se encontrar, na altura, em África. Cuidar dos Vivos é o título do livro de estreia - poemas de protesto político e cívico, com afloramento dos temas da morte e do amor. Em apêndice, dois poemas sobre a guerra em Angola, que terão sido dos primeiros publicados sobre este conflito. O tema da guerra em África voltaria a impor-se em Câu Kiên: Um Resumo (1972), ainda que sob "camuflagem vietnamita", livro que em 1976 conheceria a sua versão definitiva: Katalabanza, Kilolo e Volta.
Memória do Contencioso (1980) reúne "folhetos" publicados entre 1972 e 1980, e Variações em Sousa (1987) constitui um regresso aos temas da infância e da adolescência, com Coimbra como cenário, e refinando uma veia jocosa e satírica já visível nos poemas inaugurais. A novela Walt (1978) comprova-o exuberantemente. Era notável em Assis Pacheco a sua larga cultura galega, aliás sobejamente explanada em alguns dos seus textos jornalísticos e no seu livro Trabalhos e Paixões de Benito Prada. Em A Musa Irregular (1991) reuniu toda a sua produção poética.
Nunca conheceu outra profissão que não fosse o jornalismo: deixou a sua marca de grande repórter no Diário de Lisboa, na República, no JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, no Musicalíssimo e no Se7e, onde foi director-adjunto. Foi também redactor e chefe de Redacção de O Jornal, semanário onde durante dez anos exerceu crítica literária, e colaborador da RTP.
Traduziu para português obras de Pablo Neruda e Gabriel García Márquez.
[editar]Principais obras
Cuidar dos Vivos (poesia), 1963
Câu Kiên: Um Resumo (poesia), 1972 (republicado em 1976 com o título Katalabanza, Kilolo e Volta)
Walt (novela), 1978
Memórias do Contencioso e Outros Poemas (poesia), 1980
A Musa Irregular (antologia poética), 1991
Trabalhos e Paixões de Benito Prada (romance), 1993
Retratos Falados (colectânea de entrevistas), 2001
Respiração Assistida (poesia), 2003
Memórias de um Craque (crónicas), 2005
Licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, viveu nesta cidade até iniciar o serviço militar, em 1961. Filho de pai médico e de mãe doméstica, era seu avô materno galego (e casado com uma lavradeira da Bairrada) e seu avô paterno roceiro em São Tomé.
Enquanto jovem, foi actor de teatro (TEUC e CITAC) e redactor da revista Vértice, o que lhe permitiu privar de perto com o poeta neo-realista Joaquim Namorado e com poetas da sua geração, como Manuel Alegre e José Carlos de Vasconcelos.
Cumpriu parte do serviço militar em Portugal entre 1961 e 1963, tendo seguido como expedicionário para Angola, onde esteve até 1965. Inicialmente integrado num batalhão de cavalaria, viria a ser reciclado nos serviços auxiliares e colocado no Quartel-General da Região Militar de Angola.
Publicou a primeira obra em Coimbra, com o patrocínio paterno, não obstante se encontrar, na altura, em África. Cuidar dos Vivos é o título do livro de estreia - poemas de protesto político e cívico, com afloramento dos temas da morte e do amor. Em apêndice, dois poemas sobre a guerra em Angola, que terão sido dos primeiros publicados sobre este conflito. O tema da guerra em África voltaria a impor-se em Câu Kiên: Um Resumo (1972), ainda que sob "camuflagem vietnamita", livro que em 1976 conheceria a sua versão definitiva: Katalabanza, Kilolo e Volta.
Memória do Contencioso (1980) reúne "folhetos" publicados entre 1972 e 1980, e Variações em Sousa (1987) constitui um regresso aos temas da infância e da adolescência, com Coimbra como cenário, e refinando uma veia jocosa e satírica já visível nos poemas inaugurais. A novela Walt (1978) comprova-o exuberantemente. Era notável em Assis Pacheco a sua larga cultura galega, aliás sobejamente explanada em alguns dos seus textos jornalísticos e no seu livro Trabalhos e Paixões de Benito Prada. Em A Musa Irregular (1991) reuniu toda a sua produção poética.
Nunca conheceu outra profissão que não fosse o jornalismo: deixou a sua marca de grande repórter no Diário de Lisboa, na República, no JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, no Musicalíssimo e no Se7e, onde foi director-adjunto. Foi também redactor e chefe de Redacção de O Jornal, semanário onde durante dez anos exerceu crítica literária, e colaborador da RTP.
Traduziu para português obras de Pablo Neruda e Gabriel García Márquez.
[editar]Principais obras
Cuidar dos Vivos (poesia), 1963
Câu Kiên: Um Resumo (poesia), 1972 (republicado em 1976 com o título Katalabanza, Kilolo e Volta)
Walt (novela), 1978
Memórias do Contencioso e Outros Poemas (poesia), 1980
A Musa Irregular (antologia poética), 1991
Trabalhos e Paixões de Benito Prada (romance), 1993
Retratos Falados (colectânea de entrevistas), 2001
Respiração Assistida (poesia), 2003
Memórias de um Craque (crónicas), 2005
P.V.P.Espanha: 13,20 €
Sinopse
Não há maus assuntos, às vezes há é maus jornalistas - esta consigna podia aplicar-se, por inteiro, a Fernando Assis Pacheco (193?-95). Repórter sem par na sua geração, ele escrevia como ninguém, sempre capaz de transformar o nada em ouro. São disso um exemplo flagrante estas Memórias de Um Craque, segundo título das Obras de Assis em publicação pela Assírio & Alvim.
Prefaciado pelo organizador, com posfácio de Manuel António Pina, Memórias de Um Craque reúne 30 crónicas, escritas em 1972 para o Record e nunca depois saídas em livro. Em boa hora o foram agora, porque são uma maravilha. O craque é o prórpio Assis, e a matéria evocada é a do futebol, melhor dizendo a do futebol que o puto que Assis foi praticou na rua, algures na cidade de Coimbra, a da sua infância.
E aqui torna-se difícil separar o Assis jornalista do Assis escritor. Ele escrevia para um jornal, mas, sentindo-se à rédea solta, a sua escrita ganhou asas até atingir um pícaro sem paralelo entre nós. Indiscritível pela graça, a auto-ironia, o domínio pleno da língua e das suas expressões mais populares, nestas crónicas reabilitadas com cartas de nobreza. Uma pequena grande obra, da qual o jornalista não está de todo arredado, porque estas Memórias possuem igualmente o cunho de repórter, capazes como são de reconstituir tanto um cenário dos tempos idos, quanto o espírito de uma época. Assis, no seu melhor.
Memórias de Um Craque de Fernando Assis Pacheco
Excerto
Sabe-se que o futebol teve lugar de relevo no trabalho de jornalista de Fernando Assis Pacheco: reportagens, comentários, colunas regulares, entrevistas… e estas «Memórias de Um Craque», decerto o mais característico do largo conjunto. Na verdade, valerá menos como pequeno livro sobre futebol do que enquanto testemunho da importância do futebol na infância: fragmento de autobiografia cruzado com narrativa de episódios infanto-juvenis na Coimbra dos anos 40. Como testemunho autobiográfico, é precioso a vários títulos, e não será o menor deles aquele respeitante à própria constituição literária de Fernando Assis Pacheco, que em certos aspectos permaneceu fiel ao pequeno «craque» aqui retratado em clave auto-irónica.
A primeira, e até agora única, publicação das «Memórias de Um Craque» fez-se em folhetim no «Record», aos sábados, trinta capítulos sem qualquer interrupção entre 22 de Abril e 25 de Novembro de 1972. É esse texto que aqui se reproduz […]
(Abel Barros Baptista, Nota do Organizador)
Sabe-se que o futebol teve lugar de relevo no trabalho de jornalista de Fernando Assis Pacheco: reportagens, comentários, colunas regulares, entrevistas… e estas «Memórias de Um Craque», decerto o mais característico do largo conjunto. Na verdade, valerá menos como pequeno livro sobre futebol do que enquanto testemunho da importância do futebol na infância: fragmento de autobiografia cruzado com narrativa de episódios infanto-juvenis na Coimbra dos anos 40. Como testemunho autobiográfico, é precioso a vários títulos, e não será o menor deles aquele respeitante à própria constituição literária de Fernando Assis Pacheco, que em certos aspectos permaneceu fiel ao pequeno «craque» aqui retratado em clave auto-irónica.
A primeira, e até agora única, publicação das «Memórias de Um Craque» fez-se em folhetim no «Record», aos sábados, trinta capítulos sem qualquer interrupção entre 22 de Abril e 25 de Novembro de 1972. É esse texto que aqui se reproduz […]
(Abel Barros Baptista, Nota do Organizador)
Críticas de imprensa
"Livrinho-Bíblia do verdadeiro gostar e sentir futebol. Futebol como dantes, como nos tempos do Bentes e demais craques dos futebóis dos idos de cinquenta e sessenta, futebol de suor e chorar, de correr e «vestir camisolas por amor aos clubes» (...) a prosa de Assis Pacheco é um inventário brilhante de uma linguagem duplamente literata e corriqueira, onde a poética e a inteligência da escrita se casa na perfeição com o jargão e com um registo prosaico de calão e humor sublimes e deliciosos."
RCS, Magazine Artes, Junho 2005
Dimensões: 145 x 206 x 9 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 110
Não há maus assuntos, às vezes há é maus jornalistas - esta consigna podia aplicar-se, por inteiro, a Fernando Assis Pacheco (193?-95). Repórter sem par na sua geração, ele escrevia como ninguém, sempre capaz de transformar o nada em ouro. São disso um exemplo flagrante estas Memórias de Um Craque, segundo título das Obras de Assis em publicação pela Assírio & Alvim.
Prefaciado pelo organizador, com posfácio de Manuel António Pina, Memórias de Um Craque reúne 30 crónicas, escritas em 1972 para o Record e nunca depois saídas em livro. Em boa hora o foram agora, porque são uma maravilha. O craque é o prórpio Assis, e a matéria evocada é a do futebol, melhor dizendo a do futebol que o puto que Assis foi praticou na rua, algures na cidade de Coimbra, a da sua infância.
E aqui torna-se difícil separar o Assis jornalista do Assis escritor. Ele escrevia para um jornal, mas, sentindo-se à rédea solta, a sua escrita ganhou asas até atingir um pícaro sem paralelo entre nós. Indiscritível pela graça, a auto-ironia, o domínio pleno da língua e das suas expressões mais populares, nestas crónicas reabilitadas com cartas de nobreza. Uma pequena grande obra, da qual o jornalista não está de todo arredado, porque estas Memórias possuem igualmente o cunho de repórter, capazes como são de reconstituir tanto um cenário dos tempos idos, quanto o espírito de uma época. Assis, no seu melhor.
Memórias de Um Craque de Fernando Assis Pacheco
Excerto
Sabe-se que o futebol teve lugar de relevo no trabalho de jornalista de Fernando Assis Pacheco: reportagens, comentários, colunas regulares, entrevistas… e estas «Memórias de Um Craque», decerto o mais característico do largo conjunto. Na verdade, valerá menos como pequeno livro sobre futebol do que enquanto testemunho da importância do futebol na infância: fragmento de autobiografia cruzado com narrativa de episódios infanto-juvenis na Coimbra dos anos 40. Como testemunho autobiográfico, é precioso a vários títulos, e não será o menor deles aquele respeitante à própria constituição literária de Fernando Assis Pacheco, que em certos aspectos permaneceu fiel ao pequeno «craque» aqui retratado em clave auto-irónica.
A primeira, e até agora única, publicação das «Memórias de Um Craque» fez-se em folhetim no «Record», aos sábados, trinta capítulos sem qualquer interrupção entre 22 de Abril e 25 de Novembro de 1972. É esse texto que aqui se reproduz […]
(Abel Barros Baptista, Nota do Organizador)
Sabe-se que o futebol teve lugar de relevo no trabalho de jornalista de Fernando Assis Pacheco: reportagens, comentários, colunas regulares, entrevistas… e estas «Memórias de Um Craque», decerto o mais característico do largo conjunto. Na verdade, valerá menos como pequeno livro sobre futebol do que enquanto testemunho da importância do futebol na infância: fragmento de autobiografia cruzado com narrativa de episódios infanto-juvenis na Coimbra dos anos 40. Como testemunho autobiográfico, é precioso a vários títulos, e não será o menor deles aquele respeitante à própria constituição literária de Fernando Assis Pacheco, que em certos aspectos permaneceu fiel ao pequeno «craque» aqui retratado em clave auto-irónica.
A primeira, e até agora única, publicação das «Memórias de Um Craque» fez-se em folhetim no «Record», aos sábados, trinta capítulos sem qualquer interrupção entre 22 de Abril e 25 de Novembro de 1972. É esse texto que aqui se reproduz […]
(Abel Barros Baptista, Nota do Organizador)
Críticas de imprensa
"Livrinho-Bíblia do verdadeiro gostar e sentir futebol. Futebol como dantes, como nos tempos do Bentes e demais craques dos futebóis dos idos de cinquenta e sessenta, futebol de suor e chorar, de correr e «vestir camisolas por amor aos clubes» (...) a prosa de Assis Pacheco é um inventário brilhante de uma linguagem duplamente literata e corriqueira, onde a poética e a inteligência da escrita se casa na perfeição com o jargão e com um registo prosaico de calão e humor sublimes e deliciosos."
RCS, Magazine Artes, Junho 2005
Dimensões: 145 x 206 x 9 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 110
Fernando Assis Pacheco
Nascimento 1 de Fevereiro de 1937
Coimbra
Morte 30 de Novembro de 1995 (58 anos)
Lisboa
Nacionalidade portuguesa
Ocupação Poeta, escritor, jornalista
Principais trabalhos Cuidar dos Vivos; Walt; A Musa Irregular; Trabalhos e Paixões de Benito Prada; Retratos Falados
Nascimento 1 de Fevereiro de 1937
Coimbra
Morte 30 de Novembro de 1995 (58 anos)
Lisboa
Nacionalidade portuguesa
Ocupação Poeta, escritor, jornalista
Principais trabalhos Cuidar dos Vivos; Walt; A Musa Irregular; Trabalhos e Paixões de Benito Prada; Retratos Falados
P.V.P.Espanha: 13,20 €
Dimensões: 145 x 205 x 8 mm
Encadernação: Capa mole
Encadernação: Capa mole
As suas raízes sentiam-se na cidade que o viu nascer. Coimbra.
P.V.P.Espanha: 17,60 €
Sinopse
A primeira edição de A Musa Irregular apareceu em Lisboa, com a chancela da Hiena Editora, em Fevereiro de 1991. Teria segunda edição em 1996 e terceira em 1997, ambas nas Edições Asa. A presente segue naturalmente a primeira, efectuando as correcções que o próprio Fernando Assis Pacheco deixou manuscritas
Dimensões: 145 x 205 x 16 mm
Encadernação: Capa mole
A primeira edição de A Musa Irregular apareceu em Lisboa, com a chancela da Hiena Editora, em Fevereiro de 1991. Teria segunda edição em 1996 e terceira em 1997, ambas nas Edições Asa. A presente segue naturalmente a primeira, efectuando as correcções que o próprio Fernando Assis Pacheco deixou manuscritas
Dimensões: 145 x 205 x 16 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 248
Bibliografia
Walt ou o Frio e o Quente
2007 Assírio & Alvim
A Musa Irregular
2006 Assírio & Alvim
Memórias de Um Craque
2005 Assírio & Alvim
Variações em Sousa
2004 Diversos
Respiração Assistida
2003 Assírio & Alvim
Trabalhos e Paixões de Benito Prada
2002 Edições Asa
Retratos Falados
2001 Edições Asa
Walt
1998 Edições Asa
Trabalhos e Paixões de Benito Prada
1997 Edições Asa
A Musa Irregular
1996 Edições Asa
Traballos E Paixons De Benito Prada : Galego Da Provincia De Ourense Qveu A Portugal Gañar A Vida
1995 IR INDO
Walt ou o Frio e o Quente
2007 Assírio & Alvim
A Musa Irregular
2006 Assírio & Alvim
Memórias de Um Craque
2005 Assírio & Alvim
Variações em Sousa
2004 Diversos
Respiração Assistida
2003 Assírio & Alvim
Trabalhos e Paixões de Benito Prada
2002 Edições Asa
Retratos Falados
2001 Edições Asa
Walt
1998 Edições Asa
Trabalhos e Paixões de Benito Prada
1997 Edições Asa
A Musa Irregular
1996 Edições Asa
Traballos E Paixons De Benito Prada : Galego Da Provincia De Ourense Qveu A Portugal Gañar A Vida
1995 IR INDO
P.V.P.Espanha: 13,20 €
Excerto
"Este livro é uma prosa acerca dos malefícios da guerra entendidos no tempo do inefável Marcial Caneta, quando se falava do Vietname «por coisas da causa». «Causa» que ninguém desposava; «coisas» que ficaram, alarves, para a gente conhecer enfim como puderam ser, e porquê. Não tenho por isso nenhum remorso de estilo. Eu queria apenas dizer «Gare Marítima de Alcântara, Lisboa», num ano qualquer entre 1961 e 1974. Meto na prosa soldados, civis, incivis, chulos e putas, eu próprio estou lá, disfarçado de narrador-alferes, choro à bruta, gozo como um cabinda, narro, minto, finto o leitor, apetecia-me mandar o país Portugal ao tota, mas em segunda leitura sou um tipo basto moral e paro a meio palmo do traço proibido — ternuras! Quem grita no salto para o desconhecido é o meu preclaro comandado Frank Camiões. O coração em brasa pelos indefesos, xandras incluídas, vem do tempo em que eu aprendia jornalismo.
Atenção à Brenda, esse pedaço de coxa! E ao Joe Louis, afilhado inevitável! Bebi em todas as barras de zinco de Lisboa até encostá-los ao peito. Literatura-literatura, bah. Noutra altura talvez. Viva o Português de quatrocentas calhoadas ao minuto, que é por onde respiro!"
Dimensões: 205 x 146 x 8 mm
Encadernação: Capa mole
"Este livro é uma prosa acerca dos malefícios da guerra entendidos no tempo do inefável Marcial Caneta, quando se falava do Vietname «por coisas da causa». «Causa» que ninguém desposava; «coisas» que ficaram, alarves, para a gente conhecer enfim como puderam ser, e porquê. Não tenho por isso nenhum remorso de estilo. Eu queria apenas dizer «Gare Marítima de Alcântara, Lisboa», num ano qualquer entre 1961 e 1974. Meto na prosa soldados, civis, incivis, chulos e putas, eu próprio estou lá, disfarçado de narrador-alferes, choro à bruta, gozo como um cabinda, narro, minto, finto o leitor, apetecia-me mandar o país Portugal ao tota, mas em segunda leitura sou um tipo basto moral e paro a meio palmo do traço proibido — ternuras! Quem grita no salto para o desconhecido é o meu preclaro comandado Frank Camiões. O coração em brasa pelos indefesos, xandras incluídas, vem do tempo em que eu aprendia jornalismo.
Atenção à Brenda, esse pedaço de coxa! E ao Joe Louis, afilhado inevitável! Bebi em todas as barras de zinco de Lisboa até encostá-los ao peito. Literatura-literatura, bah. Noutra altura talvez. Viva o Português de quatrocentas calhoadas ao minuto, que é por onde respiro!"
Dimensões: 205 x 146 x 8 mm
Encadernação: Capa mole
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Os livros ou DVD, podem ser enviados ao domicilio com portes por nossa
conta em pedidos superiores a 50 €.
Os livros ou DVD, podem ser solicitados em qualquer ponto de venda de imprensa portuguesa.
Os livros podem ser levantados em Badajoz em GALA-ÓN, Calle Toledo, 11 (frente à Igreja de S. Roque)
Os livros podem ser levantados no armazém de La Roca de la Sierra, aberta Sábados, Domingos e Feriados. (Convém avisar caso venha, para prepararmos o café... utilizando qualquer dos contactos acima indicados)
OBRIGADO.
NOTA:
Fernando, temos saudades tuas.
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