Júlia Nery
Nasceu em Lisboa, a 28 de outubro de 1939. Licenciou-se em Filologia Românica na Universidade Clássica de Lisboa, em 1964, e é diplomada em Estudos Franceses pela Universidade de Poitiers. Atualmente, é professora na Escola Secundária de Cascais e formadora no domínio da Didática Específica do Português. A par da investigação nos domínios da didática e da pedagogia da Língua Materna, tem-se dedicado à dinamização de oficinas de escrita criativa, tendo também realizado dramaturgias de espetáculos destinados ao público juvenil, em colaboração com o Teatro Experimental de Cascais e o Grupo Nós e Vozes; é autora de teatro radiofónico e de crónicas radiofónicas, assim como de colaboração dispersa por jornais e revistas.
Nasceu em Lisboa, a 28 de outubro de 1939. Licenciou-se em Filologia Românica na Universidade Clássica de Lisboa, em 1964, e é diplomada em Estudos Franceses pela Universidade de Poitiers. Atualmente, é professora na Escola Secundária de Cascais e formadora no domínio da Didática Específica do Português. A par da investigação nos domínios da didática e da pedagogia da Língua Materna, tem-se dedicado à dinamização de oficinas de escrita criativa, tendo também realizado dramaturgias de espetáculos destinados ao público juvenil, em colaboração com o Teatro Experimental de Cascais e o Grupo Nós e Vozes; é autora de teatro radiofónico e de crónicas radiofónicas, assim como de colaboração dispersa por jornais e revistas.
P.V.P.Espanha: 13,60 €
Sinopse
No jardim do consulado ressoavam passos vidrosos; seriam talvez os ecos das cardas alemãs pisando as pedras da França, marchando pelo cais de Bordéus. Não, não eram ainda as botas dos soldados, mas a correria dos garotos sobre o saibro a estilhaçar-se nos ouvidos do Cônsul.
O choro e o riso destas crianças das mais variadas nações, que à volta da casa esperavam, faziam-se pancadas de aldraba repetindo nos seus sentidos todos prolongados gritos de socorro.
Releu as instruções enviadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Não encontrava ponto ou vírgula que encaminhassem o sentido de modo a permitir-lhe conceder vistos, pelo menos aos que maiores perigos corriam com os nazis. Como fazê-lo sem arriscar a carreira?
Como poderá alguém preso ao mundo das coisas por uma dúzia de bocas que pedem pão, e também pelas cadeias concretíssimas da fartura, do conforto e do êxito, desprender-se delas à força da ideia abstracta do fazer bem sem olhar a quem?
No jardim do consulado ressoavam passos vidrosos; seriam talvez os ecos das cardas alemãs pisando as pedras da França, marchando pelo cais de Bordéus. Não, não eram ainda as botas dos soldados, mas a correria dos garotos sobre o saibro a estilhaçar-se nos ouvidos do Cônsul.
O choro e o riso destas crianças das mais variadas nações, que à volta da casa esperavam, faziam-se pancadas de aldraba repetindo nos seus sentidos todos prolongados gritos de socorro.
Releu as instruções enviadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Não encontrava ponto ou vírgula que encaminhassem o sentido de modo a permitir-lhe conceder vistos, pelo menos aos que maiores perigos corriam com os nazis. Como fazê-lo sem arriscar a carreira?
Como poderá alguém preso ao mundo das coisas por uma dúzia de bocas que pedem pão, e também pelas cadeias concretíssimas da fartura, do conforto e do êxito, desprender-se delas à força da ideia abstracta do fazer bem sem olhar a quem?
PEDIDOS:
traztraz.net@gmail.com/ Tel: 0034 650671117 / Fax: 0034 924406362
(ENTREGAS AO DOMICÍLIO, PORTES POR NOSSA CONTA)
Países ou Regiões fora de EXTREMADURA deverão contactar-nos preferencialmente por fax ou e-mail.
Sem comentários:
Enviar um comentário