sábado, 2 de abril de 2011

FIAMA HASSE PAIS BRANDAO


Fiama Hasse Pais Brandão

Dramaturga, tradutora e poeta, formada em Filologia Germânica na Universidade de Lisboa, exerceu actividade de investigação na área da literatura e da linguística. Revelou-se com "Morfismos", no âmbito da iniciativa Poesia 61, colectânea que reflectia uma tendência poética atenta à palavra, à linguagem na sua opacidade, na busca de uma expressão depurada e não discursiva. A criação poética de Fiama Hasse Pais Brandão impõe-se pela busca de uma expressão original, onde as palavras tentam evocar uma essência perdida, anterior à erosão do tempo e do uso corrente. A desconstrução das articulações do discurso e a sua metaforização provocam um estranhamento que conduz o leitor a despir a linguagem da sua convencionalidade e a entrever o acesso pela palavra pura a um tempo primordial. O critério de "amor pela leitura" que presidiu à versão de Cântico Maior pode, por extensão, ser aplicado à obra da autora que apresenta como fontes de emoção poética "o texto que cabe na pupila: o simultâneo, a grande cena das metáforas e das comparações, a Visão multiforme do Conhecimento (pus no coração a Sabedoria de Ezra), que é parcelar nas palavras e nas imagens e que só por acumulação diurna e através da absorção pupilar (como a do ar) tende para o Todo." ("Do prefácio de Cântico Maior", reproduzido em "Apêndice" a Obra Breve, 1991). Sob o Olhar de Medeia, a obra que marca a primeira incursão no romance por parte desta autora, foi publicado em 1998. Faleceu em Lisboa no dia 20 de Janeiro de 2006



P.V.P.ESPANHA: 11,00 €

(mesmo preço de Portugal)

Sinopse
«Noites de Inês-Constança», o último texto teatral criado por Fiama Hasse Pais Brandão, é um dos raros textos contemporâneos […] sobre o mito de Inês assinado por uma dramaturga.
[…]
A «peça», em três actos e um epílogo (estrutura recorrente no teatro de Fiama que se deseja «acção» e não «diálogo»), organiza-se em torno de dez personagens-figuras: Inês-Constança, corpo e voz con-fundidos numa personificação dupla, ambivalente; Pedro; um Pajem; uma Ama; uma Jogralesa; Álvaro Perez; Diogo Lopes Pacheco; um Mensageiro Papal; e o Filho.
[…]
O grande debate que este texto propõe é o da investigação dos fundamentos da relação amorosa, […] num tempo histórico dado («tempos novos», nova Europa), e a procura da natureza essencial do Homem e da Mulher sobretudo no que diz respeito à sua representação consciente e auto-afirmada como seres da e na linguagem, que se embebedam de imagens e na linguagem se descompõem, como Pedro. (Eugénia Vasques)



P.V.P.ESPANHA: 10,00 €

(mesmo preço de Portugal)

Sinopse
Fiama Hasse Pais Brandão reuniu sob este título os três contos que no presente volume são, pela primeira vez, publicados. Trata-se de obras em que trabalhou no final da década de 90, paralelamente à peça, também inédita, «Noites de Inês-Constança».
Em 1991, Fiama publicara, com a designação de «novela poética», «Movimento Perpétuo», um texto que revela claras afinidades com aqueles três contos — e, de resto, também com a obra dramática atrás referida, que é editada simultaneamente com os «Contos da Imagem».
«Mais tarde quando o sono do meu filho me deixava o meu sono e a vigília em silêncio, pensei apenas que tivesses morrido como qualquer outra imagem volúvel, e nunca eterna.» — assim termina «Movimento Perpétuo», que é, à semelhança dos outros contos e de «Noite de Inês-Constança», uma visão do mundo como uma sucessão ou uma acumulação de volúveis imagens, temática presente, aliás, em outros momentos da obra anterior de Fiama Hasse Pais Brandão, desde a sua estreia, em 1958, com «Em Cada Pedra um Voo Imóvel». Por isso pareceu coerente juntar o «conto da imagem» de 1991 aos que Fiama assim intitularia alguns anos mais tarde. (Gastão Cruz)





HOMENAGEM TRAZ-TRAZ (20% DESCONTO)


 P.V.P.ESPANHA: 40,00 € (20%) = 32,00 €

(mesmo preço de Portugal)

Excerto
«Ninguém entra na hermética paisagem de Fiama como em casa. Nem sequer como quem se perde, entre pânico e delícia, na floresta de um enigma levando na mão as pedras brancas do herói de Grimm. A poesia de Fiama é tão clara e obscura como o mundo onde se descobre como olhar misteriosamente instruído pelo percurso que o solicita. Um mundo ao mesmo tempo anterior ao olhar e esperando por ele para ser decifrado. Esse mundo não é um cosmos pleonasticamente harmonioso, desde sempre votado à contemplação e a um óbvio sentido. É só um mundo escrito em hieróglifos, finito e inesgotável na sua minúcia. O poema não vem elucidar o mistério da realidade sem cessar bifurcante onde a atenção de Fiama desembarca como no mais desconhecido dos mundos: vem reconhecê-la. Um mundo anterior ao verbo que o descreve e convoca, que nunca foi nomeado fora da voz que no-lo diz. Melhor seria dizer, do poema que o cria pela sua própria respiração.» […] Eduardo Lourenço


Críticas de imprensa
"Este impressionante volume compila a poesia reunida de uma escritora singular. É uma longa viagem por quatro décadas de produção, iniciada com Morfismos - poesias curtas datadas de 1961 - e que depois se abre à poalha do mundo ou à sedução dos livros, os poemas crescendo de tamanho e de veemência, ao longo dos anos. A travessia inclui livros fundamentais como Novas Visões do Passado (1975), homenagemàliteratura (1976) ou Epístolas e Memorandos (1966). Com capa da pintora Ilda David', esta edição apresenta ainda um prefácio de Eduardo Lourenço."
Visão
«A poesia de Fiama atravessa, soberana e única, um tempo riquíssimo da literatura portuguesa e irradia em múltiplas direcções.»
António Guerreiro, Expresso

Dimensões: 161 x 240 x 49 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 768



Bibliografia

Âmago
2010 Assírio & Alvim

Em Cada Pedra um Voo Imóvel
2009 Assírio & Alvim

O Labirinto Caminianoe Outros Labirintos
2007 Editorial Teorema

Epístolas e Memorandos
2007 Relógio D` Água

Sob o Olhar de Medeia
2007 Relógio D` Água

Cenas Vivas
2007 Relógio D` Água

Obra Breve
2006 Assírio & Alvim

Contos da Imagem
2005 Assírio & Alvim

Noites de Inês-Constança
2005 Assírio & Alvim

As Fábulas
2002 Quasi Edições

O Rapaz Raro
1998 Relógio D` Água

Cantos do Canto
1995 Relógio D` Água

Movimento Perpétuo
1991 Editorial Teorema

Três Rostos
1989 Assírio & Alvim

Falar sobre o Falado
1989 Edições Afrontamento

F de Fiama
1986 Editorial Teorema

Novas Visões do Passado
1975 Assírio & Alvim



HOMENAGEM TRAZ-TRAZ (20% DESCONTO)


 P.V.P.ESPANHA: 20,00 € (20%) = 16,00 €

(mesmo preço de Portugal)

Sinopse
Em Cada Pedra um Voo Imóvel reúne toda a obra de Fiama Hasse Pais Brandão no campo da ficção e do teatro. Como diz Gastão Cruz na nota explicativa, «Fiama não foi, propriamente, uma ficcionista, na medida em que somente publicou uma narrativa relativamente longa, Sob o Olhar de Medeia, e deixou alguns contos, quase todos postumamente editados (a excepção é Movimento Perpétuo, que saiu em 1991, com a designação de "novela poética", e foi, em 2005, incluído na recolha Contos da Imagem). Os restantes textos emprosa, não falando, é claro, dos ensaísticos e de investigação literária, são, como já dissemos, poemas (os de Em Cada Pedra um Voo Imóvel, O Aquário, Falar sobre o Falado), ou reflexões poéticas sobre temas ligados à literatura, o caso de O Retratado. Dentro deste conceito de diversidade de modos de escrita, fará, sem dúvida, sentido não só incluir neste volume os dois primeiros livros de Fiama Hasse Pais Brandão, como colocar todo o conjunto sob o signo do belo título da sua obra de estreia: Em Cada Pedra um Voo Imóvel.»

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