quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

FERNANDA CÂNCIO



Fernanda Câncio

Fernanda Câncio é jornalista desde 1987. Iniciou o percurso profissional noExpresso. De 1991 a 1997, fez parte da redacção da revista Grande Reportagem. Esteve de 1997 a 2003 na Notícias Magazine, tendo colaborado, de 1996 a 2002, com a SIC. É autora de dois livros de reportagem - Olhem para Mim, Dom Quixote, 2003 (sobre jovens que procuram a fama) e Cidades sem Nome, edição da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, 2004 (sobre os subúrbios de Lisboa). Actualmente, é grande repórter do Diário de Notícias.



PVPEspanha: 18.04 €


Sinopse
«Reportagens como as que são reunidas aqui não encaixam decerto na formulação
 do jornalismo objectivo, imparcial, desapaixonado. 
São histórias contadas de um ponto de vista - o meu.
 Escolhi contá-las, investigá-las, vivê-las e filtrá-las.
 Imprimir-lhes a minha ficção. 
Contá-las assim, desta forma, e não das trezentas mil e
quinhentas outras que existiriam. 
[...] Não são, necessariamente, "a verdade" sobre as situações que descrevem.
 O que é que se passou de facto na noite em que Licínio Saraiva morreu
 depois de um assalto a uma loja de electrodomésticos no Carregado?
 A sua morte foi um crime ou um acidente?
 O que é que aconteceu a Beanito, o menino guineense surdo-mudo de dez anos 
que desapareceu do hospital Egas Moniz e que no mesmo dia foi colhido
 mortalmente  por um comboio a muitos quilómetros de distância? 
Está bem contada, é justa e fiel, a história de Evaristo, o boxeur cabo-verdiano 
que veio para Portugal para ser campeão e esgotado o seu mito,
 depois de não conseguir dinheiro para mais uma dose de heroína, 
se lançou para baixo de um comboio suburbano? 
Consegui aproximar-me do retrato da geração dos anos noventa 
ou pelo menos questionar a ideia de espírito geracional? 
Soube interrogar o sentimento da solidão? 
Logrei mostrar a desolação essencial da pobreza?
 Será que vi o que havia para ver, o que devia ver, em Bagdad e Israel?
 Consegui olhar para o Museu do Holocausto? 
Senti o que havia para sentir?
 Fiz as perguntas certas?
 Escolhi o melhor caminho?»
Após a formulação de todas estas questões, Fernanda Câncio conclui:
 «Perceber que se não percebe, que quanto mais se pensa,
 se interroga e se investiga
 e se procura chegar a isso a que damos o nome de verdade
 ou de essência das coisas (ou das pessoas) 
mais e melhor se percebe que nunca perceberemos.»


PVPEspanha: 15.04 €

Sinopse
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para as Novas Oportunidades, destinado a leitura autónoma - Grau de Dificuldade II.

«Podia ser isto: um "travelling" ininterrupto de fachadas iguais, janelas em quadrícula miúda e cimento vivo onde a tinta cedeu ao tempo, o colorido sujo, disperso, da roupa estendida, os grafites em risco descontínuo, o ceú em recorte oblíquo, a incongruência áspera do sol.
(...)
Talvez sejamos todos suburbanos. Mas uns, como no ditado orwelliano, são mais que os outros. É desses que trata este livro. É o ponto de vista deles - esse ponto de vista que por sistema o olhar sobre a periferia ilide e rasura, porque impróprio no poema - que se procura. Porque eles vivem.»

Cidades Sem Nome - Crónica da Condição Suburbana é o resultado de um trabalho de investigação jornalística realizado por Fernanda Câncio a convite da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, entre 2003 e 2004.
Cidades sem Nome de Fernanda Câncio

Excerto
«Talvez sejamos todos suburbanos. Mas uns, como diz o ditado orwelliano, são mais que os outros. É desses que trata este livro. É o ponto de vista deles - esse ponto de vista que por sistema o olhar sobre a perferia ilide e rasura, porque impróprio no poema - que se procura. Porque eles vivem. [...] Se o paraíso é um lugar onde nada acontece, talvez o inferno seja o lugar onde nada se espera.»


PEDIDOS:

traztraz.net@gmail.com / Tel: 650671174 / Fax: 924406362

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 contactar-nos preferencialmente por e-mail

NOTA: Todos os livros editados em Portugal, seja qual for a Editora 
nós  TRAZemos para Extremadura. 
Basta dizer-nos o título pretendido. Obrigada.

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